Ternura.



Dizem que o amor não se explica,
e se explicarmos assim?

O prazer é todo seu ...

 Ora bem , depoir de ter escrito a primeira mensagem no meu oficial-novo-de-cara-lavada-blog, lembrei-me de outra lacuna grave . Não me apresentei! Pois claro, quem não me conhece não faz ideia do que estou a falar na mensagem anterior.
 Chamo-me Joana, há quem me chame Jay (apelido antigo), há quem me chame coisas piores :S
 Tinha 14 anos quando conheci aquele rapaz, aquela alma que me encantou. Tantos inícios, tantos fins, tantos não-te-quero-mais, tantos afinal-já-quero e não-vás-embora ..
 Ultrapassamos, é claro, essa fase de namoro adolescente e evoluímos para um patamar acima: ele era com certeza a pessoa que eu qeria comigo, mas eu tinha noção do que peria por ser tão apegada a um homem numa fase tão precoce da minha vida. No entanto, como me sentia bem , mantivemos a relação que se tornava uma coisa cada vez mais séria.
 Cm 17 anos, já com um namoro maduro e a desenvolver cada vez mais, dei-me conta de que a menstruação estava atrasada mais de 6 semanas. Tinha tido bastantes sustos, vários testes de gravidez e vários quero-um-bebé-teu, mas nunca nada real, nada genuíno nem verdadeiro. Não passavam, penso eu agora, e testes a mim, a ele principalmente, por querer saber o que acontecia no caso de susto ou gravidez. No fundo, eu sabia que os atrasos eram normais e não estava grávida, mas parte de mim teimava em assustar-se.
 Como ia a dizer, reparei nesse atraso imenso. Dessa vez, fiquei mesmo assustada.
 Insisti em fazer o teste, ele não queria porque seriam euros desperdiçados em mais uma coisa-da-minha-cabeça.
Insisti.
Fiz.
Não sabia onde me meter, não queria acreditar. Não podia ser, era impossível. Ou não.
 Fiz o teste no wc de casa dele, e entreguei-lhe o teste no quarto, com o pontinho rosa na casinha do indicador de gravidez.
 Fui às Urgências do HSJ, porque me indcaram que me diriam o tempo de gestação. Não o devia ter feito, porque para isso existem as consultas com os médicos de família, mas enfim ... era (e sou) nova e ignorante.
6 semanas. "O que é pra fazer com este bebé?" Ali estava eu de pernas abertas numa Eco Intra-vaginal, com um homem que nunca tinha visto, e que queria que decidisse a minha vida naquele momento. Não decidi.
 A hipótese de abortar veio, naturalmente, ao baile. Não quisemos, já depois de ter a consulta marcada.
 Passei uma gravidez tranquila, sem idas ao hospital nem sustos de morte, como muitas grávidaz têm. Estudei durante toda a gravidez, fiz os exames nacionais do 12º ano (começaram no DPP previsto pela médica mas não pelas ecos), com uma ambulância no portão da escola, para o caso de me sentir mal. Uma semana depois dos meus anos, no dia antes do último exame nacinal (por isso estou a fazer a disciplina este ano), virei-me na cama e senti a bolsa amniótica a rebentar. A Fia queria nascer.
 Conseguiram acordar o Pai bastante rápido, em comparação com a média de 2h que passam por dia a fazê-lo, ele levou-me ao hospital, com um trânsito intenso e com o depósito quase vazio.
  A minha princesa nasceu de cesariana porque, apesar de nunca ninguém me ter dito, ela estava em posição pélvica. Levei epidural, quado tinha contracções regulares e muitas dores. Entrei em panico, estava muito assustada, e não me lembro de grande parte do parto.
 Quando a ouvi a chorar, chorei de alegria. Muito morena, com a cara do pai. Linda, muito pequenina.
 Nos primeiros dias, arrependo-me de não lhe ter dado tda a atenção que merecia. Já em casa, quando me informei., soube que é natural muitas mães, principalmente as adolescentes, não aceitaremos bebés. Tenho muito pena que assim fosse. Tenho vergonha, mas foi o que me aconteceu. Tinha muitas dores por causa da cirurgia, e mesmo as visitas irritavam.
 Passou-se.
 Em casa, uns dias depois do nascimento, já era apaixonada por ela.
 Nos primeiros 3 meses fiquei em casa com ela, tratei dela szinha, como achava que não conseguia. Mas consegui.
  Com 3 meses, entrou na creche, para que eu pudesse retomar os estudos.
 E aqui estou, sã e salva após os primeiros meses, aos quais achava que não sobrevivia.





Começa assim a nossa precoce vida a três.